Olá, venho hoje trazendo uma inovação cientifica para a construção de pistas asfalticas, é uma tecnologia nova no Brasil. Esta tecnologia veio dos Estados Unidos, basicamente mistura-se rodas pulverizadas com o asfalto para se obter série de características muito interessantes nos aspectos de longevidade e segurança, e é um sistema ecologicamente correto, mas devemos ter cautela e devemos evitar futuros transtornos.
Quando precisamos trocar um pneu careca por um novo, normalmente descartamos estes pneus velhos em qualquer lugar, até ai tudo bem, uma pessoa não faz diferença, mas, segundo dados do Denatran, datado de 2010, o Brasil tem quase 65 milhões de veículos registrados, se todos trocassem os pneus simultaneamente seriam aproximadamente 256 milhões de pneus inutilizados com tempo estimado de decomposição estimado em 450 anos.
Isto não é nem um pouco sustentável. Para aplicar a sustentabilidade, temos que formar um ciclo fechado entre os carros e as pistas de rolamento, e isto já é possível. Vejamos algumas propriedades da borracha: a borracha tem capacidade elástica, ou seja, ela pode se deformar e voltar a seu estado original, e a borracha também tem um coeficiente de atrito alto. Com isto, imagine se pudéssemos incluir estas propriedades em nossas estradas asfalticas (como é de costume no Brasil): uma pista elástica poderia se deformar e voltar a seu estado normal sem se quebrar, a pista se tornaria mais resistente a trincas e futuros buracos, a pista teria uma aderência melhor pelo alto coeficiente de atrito.
Agora pare de imaginar, isto é possível. O processo é muito simples, os insumos são muito fáceis de encontrar, são lixo, pneus usados, e até pneus novos que foram fabricados mas não se adequaram as normas de qualidade. Estes pneus passam por um processo de pulverização, literalmente, primeiro eles são triturados em pedaços grandes, e então gradativamente eles são triturados novamente em pedaços ainda menores, até ficar mas aspecto de um palco, os ferros que são tirados por um imã durante os intervalos de triturações, e são totalmente retornáveis.
O asfalto-borracha como é chamado, é constituído de aproximadamente 20% de pó de borracha , outra curiosidade é que não pode ser qualquer pneu, 50% dos pneus pulverizados são de veículos de poste grande e os outros 50% são de veículos pequenos, basicamente 4 pneus de carro equivalem a 1 pneu de caminhão, isto acontece pois caso contrario, o asfalto-borrachão não ganharia tanto em aderência.
A utilização desta técnica é mais cara, mas se formos levar em conta a durabilidade, a pista de asfalto-borracha dura duas vezes mais de que a de asfalto normal, e por esta longevidade, acaba-se economizando muito mais. Esta longevidade deve-se ao fato do asfalto poder se deformar, ser mais duro, e acima de tudo, ser mais poroso, como ele é mais poroso a água pode entrar nele facilmente, por isto que este tipo de pista é feito mais largo, para que a água entre pelo asfalto e escoe para as beiradas. Mas economia não é uma palavra que se adéqua a segurança, como o coeficiente de atrito é maior, a segurança é maior, mas em consideração, aumenta-se o desgaste do pneu, e então nos perguntamos: será que este desgaste pode geram mais pneu carecas do que são necessários para fazer a manutenção das pistas?